Os impactos do investimento em pesquisa

Por Andréa Antunes Outubro 2, 2020

(Os impactos do investimento em pesquisa

Publicado em 23/07/2020

Em palestra no Comitê Permanente de Inovação, da ANE, o Professor Carlos H. Brito Cruz apresentou dados do PIPE

Os resultados do programa Pesquisa Inovativa em Pequena Empresa (PIPE) da Fapesp comprovam que os recursos aplicados em pesquisa não são gastos e sim investimentos que geram resultados positivos. “Para cada R$1,00 investido pela Fapesp, as empresas apoiadas mobilizam R$ 11,00. Há ainda um impacto no nível de emprego das empresas financiadas. Percebemos um aumento expressivo no número de empregados”, disse o professor Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor Científico da Fapesp, durante uma apresentação on-line, no dia 27 de julho, para o Comitê de Inovação da Academia Nacional de Engenharia (ANE).

Em sua rápida apresentação, o professor Brito Cruz traçou os principais aspectos do programa e mostrou seus resultados O professor destacou a importância de as empresas investirem em pesquisa e pontuou dois desafios que o Brasil enfrenta: a falta de pesquisadores e a falta de pesquisadores em empresas. “Em todos os países desenvolvidos, as pesquisas são feitas também nas empresas. Precisamos ter em mente que empresa é lugar de pesquisa; é onde acontece a pesquisa aplicada e o desenvolvimento experimental, o que é diferente das pesquisas feitas nas universidades e institutos”, afirmou.

Brito Cruz disse que o programa tem como objetivo estimular as atividades de pesquisa e desenvolvimento e criar uma cultura de inovação permanente dentro de pequenas empresas. “O PIPE não exige contrapartida e investe até R$ 1.200.000,00 por projeto em diferentes áreas. Uma das exigências é que o pesquisador principal seja vinculado à empresa. Queremos alguém que tenha como foco resolver problemas da empresa”, explicou, ressaltando que por ano o programa investe cerca de R$ 75 milhões em projetos de diversas áreas. “Em 2019 tivemos 246 projetos aprovados, o que significa um projeto por dia útil”, complementou.

Para o coordenador do Comitê de Inovação, o Acadêmico José Roberto Castilho Piqueira, é fundamental discutir as principais iniciativas do país na área de inovação e pesquisa. “Assumi recentemente a coordenação do Comitê e acho fundamental esse contato com experiências exitosas. A partir daí poderemos montar nosso plano de trabalho”, disse Piqueira, explicando que as palestras organizadas pelo Comitê de Inovação serão abertas a todos os interessados.

O PIPE Criado em 1997, o PIPE já apoiou 1.493 auxílios à pesquisa e 1.408 bolsas para pesquisadores. Os slides da apresentação do Professor Brito Cruz podem ser conferidos em https://bit.ly/3jkZKJQ. Andréa Antunes2020-10-02T16:56:16-03:00 )