Marcílio Boavista da Cunha

Posse: 2014

Cadeira: 104

Patrono: João Candido Brasil

 

O vice-almirante, doutor e Acadêmico Marcílio Boavista da Cunha, com vasta experiência na área da defesa nacional, acredita que, apesar das dificuldades, o Brasil continuará crescendo e aumentando sua influência, e precisará sempre ser defendido. No caminho de seu desenvolvimento, ao explorar com vitalidade seu imenso potencial, o Brasil tenderá a ocupar mais espaços políticos, a exercer maior influência e a conquistar novos mercados, deslocando países de maior poder no cenário internacional. Essa “perturbação” poderá gerar, como reação, retaliações e pressões para conter o impulso nacional, que precisarão ser dissuadidas ou contidas.

O Acadêmico Marcílio é Vice-Almirante do Corpo de Engenheiros da Marinha, reformado, graduado em Ciências Navais pela Escola Naval e em Engenharia de Telecomunicações pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), mestre em Eletrônica Militar e doutor em Engenharia de Defesa Naval pela US Naval Postgraduate School (1976), com tese em Teoria da Estimação aplicada à detecção e ao acompanhamento de alvos submarinos, e em Ciências Navais pela Escola de Guerra Naval (1987).

Empregou a maior parte de seus 45 anos de serviço ativo à Engenharia de Defesa, promovendo e conduzindo programas de nacionalização de sistemas e equipamentos militares. Dirigiu a Diretoria de Engenharia Naval, o Instituto de Oceanografia e o Centro de Mísseis e Armas Submarinas da Marinha; coordenou o Programa de Reaparelhamento da Marinha e a área de Ciência e Tecnologia no Estado-Maior das Forças Armadas; e presidiu, por duas vezes, a Empresa Gerencial de Projetos Navais, estatal responsável pela gerência de projetos de interesse da Marinha.

Confirmando a dedicação à Engenharia de Defesa, após sua passagem para a reserva, passou a aconselhar empresas e instituições constituintes da Base Industrial de Defesa (BID). Em termos de engenharia, a BID engloba instituições voltadas para a formação e o aperfeiçoamento de engenheiros e para a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação, assim como empresas dedicadas à infraestrutura de defesa (bases, aeródromos, arsenais), a transformação e produção de sistemas, equipamentos, programas e materiais, e a prestação de serviços de engenharia (avaliação, certificação, manutenção, transportes, adestramento).

Explica que a Engenharia de Defesa se envolve com o uso de conhecimentos/recursos/ferramentas para atender às necessidades do setor voltado para a defesa e a segurança do País. Essa ampla tarefa abre espaço para a contribuição das demais engenharias, tanto especialistas em áreas de conhecimento (como Mecânica, Química e Eletricidade), quanto de especialistas em soluções (como Transportes, Energia e Comunicações).