Patronos

Atual ocupante: Flavio Miguez de Mello

 

Leopoldo Américo Miguez de Mello

 

Muitas décadas após seu falecimento ocorrido nos anos setenta, ainda hoje Leopoldo Américo Miguez de Mello é considerado um dos maiores especialistas da indústria do petróleo e da petroquímica, uma das figuras mais brilhantes e importantes dessa complexa cadeia de negócios e investimentos, tendo sido formado pela Escola de Química Industrial da Universidade do Brasil (UFRJ), em 1935.

Dono de uma visão extraordinária de futuro, Leopoldo Miguez trilhou, desde os tempos em que iniciou os estudos como engenheiro químico, na distante década de 1930, o caminho das iniciativas arrojadas. Seu perfil de estrategista caiu como uma luva para uma empresa que surgia na década de 1950 com a importante e complicada tarefa de implantar no País uma verdadeira indústria do petróleo com capacidade de tornar o Brasil independente das importações do que na época se chamava de “ouro negro”. De forma brilhante, enxergou muito além do que a simples necessidade de prospectar e explorar o petróleo, consolidando no País as bases da indústria petroquímica capaz de garantir ao Brasil o desenvolvimento estratégico.

Transferido em 1954 do Conselho Nacional do Petróleo para a recém-criada Petrobrás da qual foi diretor em duas gestões e por vários anos, manteve uma dedicação impressionante ao longo das duas décadas seguintes até o seu precoce falecimento, em 1975.

Mesmo após ter deixado, na década de 1940, a carreira de professor livre docente da Escola Nacional de Química da Universidade do Brasil, Leopoldo Miguez permaneceu sendo um dos maiores incentivadores do ensino e da pesquisa. Para ele, era fundamental que tanto a empresa para a qual ele trabalhava quanto a indústria brasileira pudessem um dia “caminhar com as próprias pernas”, em terrenos que na época eram integralmente dominados por tecnologias importadas.

Leopoldo Miguez implantou a Fábrica de Borracha Sintética, diversas refinarias e inúmeras unidades industriais, além do CENPS, centro de pesquisas da Petrobras que leva o seu nome, situado na Ilha da Cidade Universitária, no Rio de Janeiro.

Leopoldo Miguez de Mello plantou as sementes necessárias para que a Petrobras, o seu Centro de Pesquisas e Desenvolvimento, a indústria petroquímica nacional e, por que não, o País, colhessem os frutos dessa mentalidade.

Na Academia Nacional de Engenharia Leopoldo Miguez estava já na primeira relação de patronos, tendo sido patrono do acadêmico Maurício Alvarenga, superintendente da Petrobras e depois do acadêmico Flavio Miguez de Mello.

“Leopoldo Miguez partiu deixando um imenso legado de realizações e ideais que ajudam … a entender o verdadeiro significado da palavra dedicação.”

André Ribeiro, autor da biografia do engenheiro Leopoldo Miguez de Mello que presentemente dá o nome a escolas, a laboratório na UFRJ e ao Centro de Pesquisas da Petrobras na Cidade Universitária.

“A tecnologia, desde os primeiros anos da história da Petrobras, faz parte de sua agenda estratégica. Resultados de extrema relevância conquistados pela companhia com reflexos positivos na economia nacional devem-se, em grande parte, à decisão tomada nos primeiros anos de sua existência, de privilegiar a pesquisa, o desenvolvimento tecnológico e a capacitação avançada do corpo técnico. Leopoldo Miguez é um dos principais responsáveis por essa estratégia adotada ainda nos anos cinquenta.” (Renato de Souza Duque, diretor de Serviços da Petrobras).

“A valorização da inovação e da excelência tecnológica é parte integrante da cultura Petrobras e a semente desse pensamento foi plantada por pioneiros como Leopoldo Miguez de Mello. A importância da aproximação com a academia em projetos de pesquisa e desenvolvimento já era evidente na Petrobras desde os seus primeiros anos, graças à visão de longo alcance de Leopoldo Miguez de Mello.” (José Sérgio Gabrielli de Azevedo, Presidente da Petrobras, em 2010.)

“Leopoldo Miguez ….. certamente irá inspirar e motivar outros profissionais, dentro e fora da companhia, a seguirem um exemplo singular de persistência, coerência e disposição para inovar.” (Carlos Tadeu da Costa Fraga, diretor presidente do CENPS, acadêmico da ANE, em 2010.)

“No Brasil nunca se fez nada demasiadamente grande”. Leopoldo Miguez de Mello.

Fonte: Flávio Miguez de Mello

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Centro_de_Pesquisas_Leopoldo_Am%C3%A9rico_Miguez_de_Mello#:~:text=Leopoldo%20Am%C3%A9rico%20Miguez%20de%20Mello%20(1913%2D1975)%20graduou%2D,que%20leva%20o%20seu%20nome.