José Bonifácio de Andrada e Silva

Atual ocupante: Rousseau Leão Castello Filho

Posse: 1992

 

José Bonifácio de Andrada e Silva (Santos, 1763 — Niterói, 1838) foi um naturalista, estadista e poeta luso-brasileiro, conhecido pelo epíteto de Patriarca da Independência por seu papel decisivo na Independência do Brasil.

A Marinha o considera o seu fundador e deu o seu nome a três de suas belonaves.

Cedo demonstrou vocação para as pesquisas científicas. A exploração de minas conhecia um auge considerável com o crescimento das necessidades ligadas à revolução industrial. José Bonifácio concluiu, em 16 de junho de 1787, seu curso de Filosofia Natural e, a 5 de julho de 1788, o de Leis. Recebeu em Portugal apoio do duque de Lafões, D. João de Bragança, que em 1780 fundara a Academia das Ciências de Lisboa e, a 8 de julho de 1789 fez, perante o Desembargo do Paço, a leitura que o habilitava a exercer os lugares da magistratura. Cinco meses antes, fora admitido como sócio livre da Academia, o que lhe abrira os caminhos de uma carreira de cientista. Por temperamento, interessava-se por estudos de que resultassem em alguma utilidade, colocando a ciência a serviço do aperfeiçoamento humano. Tinha por divisa: Nisi utile est quod facimus, stulta est gloria. Sua primeira memória apresentada à Academia foi Memória sobre a Pesca das Baleias e Extração de seu Azeite: com algumas reflexões a respeito das nossas pescarias.

Em 11 de janeiro de 2018 foi declarado oficialmente Patrono da Independência do Brasil. Além de sua atuação política, teve uma destacada carreira como naturalista, notadamente no campo da mineralogia, tendo recebido reconhecimento internacional ainda em vida. Descobriu quatro minerais, incluindo a petalita, que mais tarde permitiria a descoberta do elemento lítio, e a andradita, batizada em sua homenagem.

No campo político, foi ministro do Reino e dos Negócios Estrangeiros de janeiro de 1822 a julho de 1823, e desde o início colocou-se em apoio à regência de D. Pedro de Alcântara. Proclamada a Independência, comandou uma política centralizadora e organizou a ação militar contra os focos de resistência à separação de Portugal.

Durante os debates da Assembleia Constituinte, deu-se o rompimento dele e de seus irmãos Martim Francisco Ribeiro de Andrada e Antônio Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva com o já imperador Pedro I. Como consequência, em 16 de julho de 1823 o imperador demitiu-o do posto de ministro, e José Bonifácio passou à oposição.

Após o fechamento da Constituinte, em 11 de novembro de 1823, José Bonifácio foi banido e se exilou na França por seis anos. De volta ao Brasil e reconciliado com o imperador, quando de sua abdicação, em 1831, assumiu a tutoria de seu filho. Permaneceu como tutor do futuro Pedro II até 1833, quando foi demitido pelo governo da Regência devido a disputas por poder dentre as facções que o compunham.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Bonif%C3%A1cio_de_Andrada_e_Silva