Fernando Luiz Lobo Barbosa Carneiro (Membro Fundador)
Posse: 1991
Falecimento: 2001
Cadeira: 12
Patrono: Emílio Baugarten
Engenheiro especializado em estruturas, Fernando Lobo Carneiro foi pesquisador do Instituto Nacional de Tecnologia (INT) durante 33 anos. Um de seus trabalhos mais importantes é o ensaio que virou referência internacional na determinação da resistência dos concretos à tração dos ventos. Também desenvolveu um método de dosagem experimental de concretos, além de participar de construções como a do edifício da Faculdade de Arquitetura da UFRJ.
Sua produção acadêmica foi reconhecida e requisitada no exterior. Foi representante do INT no Comitê da International Organization for Standardization (ISO) e na União Internacional dos Laboratórios de Ensaios e Pesquisas sobre Estruturas e Materiais (RILEM). Atuou, ainda, como delegado brasileiro do Comitê Europeu do Concreto. Como professor da UFRJ, coordenou o contrato de cooperação entre a Universidade e a Petrobrás. É doutor honoris causa pela UFRJ, membro de honra da RILEM e pesquisador emérito do INT.
Também recebeu os prêmios Bernardo Houssay, da Organização dos Estados Americanos (OEA) e Álvaro Alberto, concedido pelo CNPq. Carneiro nasceu em Minas Gerais, em 1913, e morreu no dia 15 de novembro de 2001.
Fernando Emmanuel Barata (Membro Fundador)
Posse: 1991
Falecimento: ?
Cadeira: 74
Patrono: ?
Considerado por muitos como um símbolo da Engenharia Nacional, Fernando Emmanuel Barata sempre foi atrás de seus objetivos. Ainda jovem, no curso ginasial, percebeu a importância dos estudos e se convenceu de que era fundamental ter sua própria Biblioteca. “Queria os livros por perto. Por isso, investi parte do meu salário em livros e não me arrependo. É o melhor investimento que podemos fazer; o retorno é certo já que o que aprendemos é fundamental para o crescimento profissional e pessoal”, afirma o Engenheiro, que é dono de uma das maiores bibliotecas de Mecânica dos Solos do país e faz questão de lembrar que “na vida, é preciso traçar metas e objetivos prioritários e aplicar toda energia e inteligência para alcançá-los”.
Formado Engenheiro Civil pela antiga Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, atual Escola Politécnica da UFRJ, Fernando Barata escolheu a profissão pela sua identificação com matérias como Matemática, Física e Química. Começou a carreira, em 1951, na área de Mecânica dos Solos. No ano seguinte, fez um curso de extensão em “Solos e Fundações”. Em 1954, foi para a Inglaterra onde fez especialização no Road Research Laboratory, em Londres. Trabalhou como engenheiro para diversas empresas e autarquias como a Petrobras, o Departamento de Estradas e Rodagem (DER) e a Secretaria de Obras do Estado do Rio de Janeiro.
Atuou como Professor da UFRJ, onde recebeu o título de Professor Emérito. “Formei mais de quatro mil profissionais e isso é algo de que muito me orgulho. Professor é como um segundo Pai. Tem como função transmitir conhecimento e experiência, mas também dar orientação cívica e moral. Fui aprendendo, paulatinamente, que meu dever era ensinar e educar”, diz Fernando Barata, que ao longo de sua carreira recebeu diversas honrarias e homenagens, entre elas a publicação de uma biografia, com 470 páginas, para celebrar seus 80 anos de vida e o título de Engenheiro Eminente conferido pela Associação dos Antigos Alunos da Politécnica.
Além da Engenharia e de sua Biblioteca particular, o Engenheiro tem outra paixão: viajar. Em seus planos de adolescência estava o de conhecer o mundo. Desejo que realizou na companhia de sua esposa, Maria Celia, em 1970. Uma viagem de 40 dias, de volta ao mundo, onde conheceu Peru, Estados Unidos (Nova York, San Francisco, Califórnia e Alasca), Japão, China (Hong Kong), Singapura, Índia, Irã, Jerusalém, Grécia e França. “Fui participar de um Congresso no Japão e aproveitei a oportunidade para realizar esse sonho. Conhecer outros lugares, outras culturas. Isso é extremamente válido para o crescimento pessoal de qualquer um”, conta o Engenheiro, que visitou quase todos os estados do Brasil.
“Por conta do trabalho, conheci quase todo o território nacional. Meu trabalho me levou a muitos lugares e me trouxe muitas alegrias”, afirma Fernando Barata, que ainda exerce sua função de educador e deixa um conselho para os jovens engenheiros: “eles têm um compromisso grande com o Brasil, que é o de trabalhar e estudar com intensidade e entusiasmo, de modo a proporcionar a seu povo a paz, o conforto e a qualidade de vida de que são merecedores”.
Fernando Venâncio Filho
Posse:
Falecimento: 2012
Página em construção.
Flávio Henrique Lyra Silva
Posse: 1991
Falecimento: 2003
Cadeira: 38
Patrono: Carlos César de Oliveira Sampaio
Nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 1915. Formou-se em Engenharia Civil pela Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, em 1936. Concluiu sua pós-graduação em 1944, no Califórnia Institute of Technology – Caltec. Trabalhou como engenheiro na Empresa de Construção Civil Lyra da Silva Engenharia, e nas Oficinas Gerais da Aviação Naval do Ministério da Marinha, em 1937.
No mesmo ano, foi professor-assistente de Hidráulica, passando a professor-adjunto da disciplina de Aproveitamento de Energia Hidráulica, na Escola Politécnica da Universidade do Brasil, função que exerceu até aposentar-se. Além de membro da Junta de Consultores organizada pelo Banco Mundial e pelo Ministério de Recursos Hídricos e Energia Elétrica na China, e membro da Junta de Consultores para as usinas do rio Limay e Collon Curá, na Argentina.
Flávio Henrique Lyra também foi presidente do Comitê Brasileiro de Barragens – CBDB entre 24 de janeiro de 1962 a 17 de dezembro de 1976, representando o Brasil em várias reuniões internacionais, e foi vice-presidente, presidente e presidente de honra da Comissão Internacional de Grandes Barragens de 1964 a 1980. Também foi chefe da equipe de consultores que assessorou a Centrais Elétricas do Pará S.A. – Celpa; e presidente da Junta de Consultores Internacionais durante o projeto e a execução da Usina Itaipu Binacional.
Suas principais atividades de gestão foram na Cemig, atual Companhia Energética de Minas Gerais, atuando como diretor de 1951 a 1957; e na Central Elétrica de Furnas S.A., atual Furnas Centrais Elétricas S.A., onde foi fundador, diretor técnico e vice-presidente, no período de 1957 a 1974.
Fernando Olavo Franciss
Posse: 1991
Falecimento: 2022
Cadeira: 155
Patrono: Manuel Mendes da Rocha
Docteur Ingénieur pela Universidade de Grenoble em 1.970, o engenheiro civil Fernando Olavo Franciss, formado em 1.958 pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), licenciou-se em Geologia Aplicada pelo Laboratoire de Géologie de l ‘Université de Grenoble em 1.960, depois de concluir sua extensão universitária em Mecânica dos Solos.
Fernando Franciss iniciou sua carreira profissional com estagiário da Sondotécnica tendo exercido o cargo de Diretor de 1.980 a 1.991. Atualmente é sócio administrador da Progeo – Consultoria de Engenharia Ltda. Foi professor da PUC-Rio de 1.964 a 1.980, sendo um dos pioneiros dos seus cursos de pós-graduação. Escreveu livros técnicos sobre hidráulica de meios permeáveis, túneis em rochas brandas e hidráulica de rochas fraturadas, respectivamente, todos publicados pela CRC Press do Taylor & Francis Group.
Reconhecido há mais de 40 anos como especialista em geologia e geotécnica aplicada a obras civis e mineração, Fernando Franciss defende a necessidade urgente de fazer gestão de riscos no Brasil.
Segundo Franciss, as práticas de gestão de riscos em organizações de grande porte permaneceram limitadas e confinadas em apenas algumas das suas áreas operacionais sem as expandir por todos os seus estamentos gerenciais nem integrar todas as informações sobre riscos com o propósito específico de subsidiar decisões táticas e estratégicas. Contudo, no decorrer das duas últimas décadas, pressionadas pela ocorrência de riscos financeiros residuais inesperados cada vez mais graves, a alta direção das grandes corporações passou a considerar a gestão integrada de seus riscos tão importante quanto a gestão individualizada dos seus riscos operacionais e tão prioritária quanto suas demais atribuições.
– Além disso, a Gestão de Riscos é muito rentável, pois seus custos são largamente ultrapassados pelos ganhos financeiros decorrentes da sua aplicação em qualquer área – destaca o especialista.