Atual ocupante: Eduardo Siqueira Brick
Clara Perelberg Steinberg
Clara Perelberg Steinberg foi uma engenheira civil formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde também se especializou em engenharia industrial e econômica. Foi responsável pela construção de um centro comunitário na Rocinha, no Rio, de um centro cultural no Colégio Pedro II e pela recuperação da Oficina de Artes Maria Tereza Vieira, também no Rio, que oferece a crianças, jovens e adultos cursos de artes visuais, arte educação, música e cultura.
Aprovada em 1º lugar no vestibular da Escola Nacional de Engenharia – entre 400 candidatos, apenas cinco eram mulheres – foi uma das pioneiras na carreira. Fundou em 1948, com o marido e também engenheiro Jacob Steinberg, a Servenco Serviços de Engenharia Continental. Clara sempre viajou muito, para reunir-se com colegas de profissão em diferentes países. “As engenheiras de outros países se queixavam mais”, garante ela, que cursou engenharia química e civil e teve seu primeiro emprego numa fábrica de tintas.
Em 1997, criou o Instituto Rogério Steinberg (www.irs.org.br) que já prestou mais de 20 mil atendimentos a crianças e jovens carentes da rede pública e de instituições beneficentes de ensino. Entre várias atividades, são oferecidas aulas de música, dança, informática, artesanato e desenho.
Com atuação marcante na Associação Promotora de Estudos de Economia (Apec), no Sindicato da Indústria da Construção Civil no Rio (Sinduscon-RJ) e na Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), quando na presidência da Servenpla S/A e Servenpla RDB S/A, foi fundadora e presidente do Conselho Deliberativo do Banco da Mulher. Foi escolhida uma das 10 mulheres do ano na especialidade engenharia, em 1977, e recebeu o título de Cidadã Benemérita do Rio de Janeiro em 1982, sendo citada no livro Mulher – Cinco Séculos de Desenvolvimento na América, capítulo Brasil, e no dicionário Mulheres do Brasil – De 1500 até a Atualidade.
Em janeiro de 2015, o Clube de Engenharia e o Brasil deram adeus a Clara Steinberg, com a certeza de que as mulheres, não importa o país e a cultura, têm na sua visão de um mundo mais justo e solidário um legado que orgulha e estimula, em especial a mulher brasileira, em sua agenda de lutas por direitos.
Fonte:http://portalclubedeengenharia.org.br/2015/03/06/8-de-marco-a-historia-de-clara-steinberg-e-uma-homenagem-as-mulheres-do-mundo/