André Rebouças

Atual ocupante: Mauro Guedes Ferreira Mosqueira Gomes

Posse: 2018

 

André Rebouças era filho de Antônio Pereira Rebouças (1798–1880) e de Carolina Pinto Rebouças. Seu pai, filho de uma escrava [nascida livre] e de um alfaiate português, era advogado autodidata, deputado e conselheiro de Pedro II. Foi sobrinho do Dr. Manuel Maurício Rebouças, médico, professor da Faculdade de Medicina da Bahia e combatente da Guerra de Independência do Brasil.

Dois dos seus seis irmãos, Antônio Pereira Rebouças Filho e José Rebouças, também foram engenheiros. André ganhou fama no Rio de Janeiro, então Capital do Império, ao solucionar o problema de abastecimento de água, trazendo-a de mananciais fora da cidade.

Servindo como engenheiro militar na guerra do Paraguai, André Rebouças desenvolveu um torpedo, utilizado com sucesso.

Em 1871, André e seu irmão Antônio, também engenheiro, apresentaram ao Imperador D. Pedro II o projeto da estrada de ferro ligando a cidade de Curitiba ao litoral do Paraná, na cidade de Antonina. Quando da execução do projeto, o trajeto foi alterado para o porto de Paranaguá. Até hoje, essa obra ferroviária se destaca pela ousadia de sua concepção.

Ao lado de Machado de Assis, Cruz e Souza, José do Patrocínio, André Rebouças foi um dos representantes da pequena classe média negra em ascensão no Segundo Reinado e uma das vozes mais importantes em prol do abolicionismo no Brasil. Ajudou a criar a Sociedade Brasileira Contra a Escravidão, ao lado de Joaquim Nabuco, José do Patrocínio e outros. Participou também da Confederação Abolicionista e redigiu os estatutos da Associação Central Emancipadora.

Participou da Sociedade Central de Imigração, juntamente com o Visconde de Taunay.

Entre setembro de 1882 e fevereiro de 1883, Rebouças permaneceu na Europa, retornando ao Brasil para dar continuidade à campanha pela abolição da escravatura. Ao participar do último baile do império, na Ilha Fiscal, em 09 de novembro de 1889, quase às vésperas da proclamação da república viu recusado por uma dama o seu convite para dançar. Observando o ocorrido, o Imperador D. Pedro II imediatamente solicita à Princesa Isabel para ser seu par. Com a abolição, veio também a queda do império, e, assim, em 1889, André Rebouças embarca, juntamente com a família imperial, com destino à Europa. Por dois anos, ele permanece exilado em Lisboa, como correspondente do The Times de Londres. Posteriormente, transfere-se para Cannes, onde permanece até a morte de D. Pedro II, em 1891.

Em 1892, Rebouças aceita um emprego em Luanda, onde permaneceu por 15 meses. A partir de meados de 1893, vai residir em Funchal, na Ilha da Madeira, até sua morte no dia 9 de maio de 1898.

Fonte de Pesquisa: Wikipédia https://pt.wikipedia.org/wiki/Andr%C3%A9_Rebou%C3%A7as