José Martins da Silva Coutinho

Atual Ocupante: Diana Cristina Silva de Azevedo
Posse: 2024

José Martins da Silva Coutinho foi docente da Escola Politécnica.

Lente da antiga Escola Central na cidade do Rio de Janeiro.

Para alcançar o mercado externo da Europa e o litoral atlântico dos Estados Unidos, existiam três rotas possíveis: (i) contornando o estreito de Magalhães; (ii) descendo os rios bolivianos, passando pelos rios Madeira e Amazonas; (iii) o uso do rio Paraguai, alcançando a sua foz já no Atlântico.

No ano de 1861, o general boliviano Quentin Quevedo, navegando pelo rio Madeira sugeriu a construção de uma via terrestre. O engenheiro José Martins da Silva Coutinho foi incumbido pelo presidente da província do Amazonas, de estudar meios para a navegação e colonização no rio Madeira. E mais, o engenheiro opinou sobre a construção de uma possível via de ligação ao Mato Grosso, oferecendo uma possível rota para além do rio Paraguai.

Assim, a demanda por uma rota de exportação rumo ao Oceano Atlântico, principalmente para o escoamento da borracha, teve no general boliviano Quentin Quevedo e no engenheiro brasileiro José Martins da Silva Coutinho, formuladores que idealizaram uma rota paralela ao rio Madeira. Foi por eles proposta a construção de uma ferrovia que terminou ligando Guajará-Mirim a Santo Antônio do rio Madeira (perto da atual cidade de Porto Velho) e que, portanto, evitou os infortúnios das cachoeiras do Mamoré-Madeira.

Fonte: CESS Rafael et al. Fronteira Brasil-Bolívia: formação, demarcações, conflitos e Iinha férrea. Cuadernos de Geografia. Revista Colombiana de Geografia. 2020.