Márcio Fortes

Posse: 1993
Cadeira: 108
Patrono: João Fortes

Márcio João de Andrade Fortes nasceu em Belo Horizonte, em 4 de outubro de 1944, filho de João Machado Fortes e da professora Maria Augusta de Andrade Fortes. Formou-se em engenharia civil pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, onde iniciou, além da carreira de engenheiro, também uma atuação na vida política. Márcio Fortes foi presidente do diretório acadêmico de seu curso e membro do Conselho Universitário da instituição, eleito por voto direto. Em 1966, ainda durante sua graduação, fez curso de extensão na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Fez engenharia econômica, na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e elaboração e análise de projetos habitacionais, na Fundação Getúlio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro, ambos em 1968.

Atuou simultaneamente na vida pública e como empresário. Foi Secretário-geral do Ministério da Fazenda, na gestão de Carlos Rischbieter (1979-1980). Assumiu, em 1980, a presidência da João Fortes Engenharia (JFE) e da Pedras de Maria Agropecuária S.A., cargos em que permaneceu sete anos. Entre 1981 e 1990, integrou o conselho de administração de várias empresas e instituições, destacando-se entre elas o Banco Francês e Brasileiro S.A. (Crédit Lyonnais), a Petrobras, o Metrô do Rio de Janeiro e a Brasilpar Comércio e Participações S.A.

Foi presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), promoveu a privatização das empresas Nova América, Aracruz Celulose e Usiba Fortes. Presidiu também o Banco do Estado do Rio de Janeiro (Banerj), mais uma vez a convite do governador Moreira Franco. Sua gestão à frente do Banerj foi marcada pelo aumento do capital do banco, obtido através da subscrição de ações pelo governo estadual e da cobrança das dívidas do estado. Autor de um programa de crédito agrícola subsidiado, o “moeda-produto”, foi também obra de sua gestão a inauguração da agência bancária da Rocinha, na cidade do Rio de Janeiro, a primeira em uma favela. Deixou a presidência da instituição em março de 1991, ao final do governo Moreira Franco.

Em 1991 foi nomeado cônsul honorário da Tunísia, no Rio de Janeiro, e diretor no Brasil do Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, organismo vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU). Assumiu, em janeiro de 1993, a Secretaria de Obras da Prefeitura do Rio de Janeiro.

Em 1994, concorreu à Câmara dos Deputados. Na Câmara, foi membro da Comissão de Finanças e Tributação e vice-presidente da comissão especial que aprovou o projeto de regulamentação da participação do setor privado na concessão de serviços públicos, entre outras comissões. Em 1998 foi eleito primeiro vice-presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN).

Assumiu o novo mandato em 1999. Márcio Fortes deixou a Câmara dos Deputados em janeiro de 2003, ao final da legislatura e voltou a dedicar-se à empresa de sua família, a João Fortes Engenharia, ocupando uma vaga no Conselho Consultivo. Em setembro, foi eleito presidente da Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Rio de Janeiro (ADEMI) para o biênio 2003/2005. Em 2004, assumiu a presidência da João Fortes Engenharia. Em maio de 2005, foi efetivado deputado federal e tornou-se titular da Comissão Mista do Orçamento.

Foi vogal do Conselho Curador da FGV e da Agroanalysis, a revista de agronegócios da Fundação. Além disso, foi Presidente do Instituto Nacional de Altos Estudos (INAE), Presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF), Promotor do Fórum Nacional e Conselheiro temático permanente de assuntos legislativos da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Foi membro do Conselho do Sebrae-RJ, do Conselho da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) e do Conselho de Administração de Cimento Tupi S.A.

Publicou Caminhos da modernidade (1990), Desenvolvimento sustentável (1992), Mais ação, menos lamentação (1992), Um olhar construtivo sobre o Rio — bases para a retomada do desenvolvimento (1994), A virada do Rio (1996) e Rumo ao desenvolvimento (1998).