Ivan Vicente Janvrot Miranda

Posse: 2015
Cadeira: 75
Patrono: Francisco de Paula Ramos de Azevedo

Graduado em Engenharia Eletrônica pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), com pós-graduação em Engenharia de Sistemas pela COPPE/UFRJ, o Acadêmico Ivan Vicente Janvrot Miranda teve uma breve passagem pelo mercado financeiro e atuou como professor do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), mas foi na área de pesquisa que se encontrou. Contratado, via concurso, pela Petrobras foi trabalhar no Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Leopoldo Américo Miguez de Mello (Cenpes) da empresa e participou de inúmeros projetos, sendo pioneiro, nos anos 70, na aplicação de computadores, na supervisão e controle de processos industriais e na aplicação de microprocessadores embutidos em instrumentos. Dedicou-se ao desenvolvimento de pigs instrumentados de corrosão e geometria, sendo responsável pelas áreas de software e de análise de dados.

“Informalmente me especializei em eletrônica e em tecnologia da informação (TI), mas sempre aplicadas à área de controles industriais, automação industrial e de laboratórios. Vieram os microprocessadores e também me especializei no tema. Fiquei quase 26 anos na Petrobras, participando de projetos, até me aposentar”, conta o Acadêmico, sócio diretor da PipeWay – empresa que fabrica e opera ferramentas para inspeção de dutos de óleo e gás – pigs.

Em um mundo cada vez mais conectado, o engenheiro destaca a segurança cibernética como um tema relevante. “Os objetos em geral estão ficando inteligentes e temos cada vez mais controle remoto sobre eles. Essa ideia pode parecer futurista, mas é real. Essa é uma tendência para os próximos anos e na velocidade que as coisas acontecem, esse é um futuro próximo. Em breve, todos os equipamentos estarão conectados aos seus centros controladores por uma rede de dados. Precisamos pensar no perigo que isso representa. Há uma necessidade de encarar essa questão para nos prepararmos para esse cenário. É preciso pessoas qualificadas, verbas para estudo, investimentos para que possamos nos resguardar. Nesse cenário, poucas pessoas podem fazer um estrago grande”, alerta o pesquisador.