Mário Covas

Posse: 1996
Falecimento: 2003

Mário Covas Júnior (Santos1930 – São Paulo2001) foi um engenheiro e político brasileiro. Foi o trigésimo governador do estado de São Paulo, entre 1 de janeiro de 1995 e 22 de janeiro de 2001, quando se afastou do cargo em decorrência de um câncer que o acometeu. Como Mário Covas não renunciou ao seu mandato, ele manteve a sua condição de governador afastado até o seu falecimento, em 6 de março de 2001.

Nascido em Santos, Mário Covas era filho de Mário Covas Pérez e Arminda Carneiro Neto. Pelo lado paterno, era neto do espanhol Jesús Covas Pérez e da portuguesa Ana Francisca Rodrigues Estaca. Pelo lado materno, era neto do português Manuel Carneiro Neto e de Rosalina Marques filha de portugueses. Aos catorze anos, mostrou seu interesse pela política, quando disse que queria ser técnico de futebol do time municipal e prefeito da cidade de Santos. Cursou o primeiro grau no Colégio Santista e o segundo grau no Colégio Bandeirantes, de São Paulo. Graduou-se em engenharia civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (POLI-USP). Foi na USP que iniciou-se a militância política do jovem Covas, que seria eleito em 1955 vice-presidente da União Nacional dos Estudantes.

Formado, Mário Covas trabalhou como engenheiro da prefeitura de Santos até 1962.

Foi governador de São Paulo (1995-2001), prefeito (1983-1986), Senador (1987-1995) e Deputado Federal (1962-1969, 1982-1983).

 

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1rio_Covas

 

Mário Penna Bhering

Posse: 1991
Falecimento: 2009

Nasceu em Belo Horizonte no dia 24 de maio de 1922.  Fez curso superior na Escola de Engenharia de Belo Horizonte. Com a transferência da família para o Rio de Janeiro, prosseguiu o curso na Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro. Formado em 1945, viajou para os Estados Unidos, realizando curso de extensão em Milwaukee, oferecido pela Allis Chalmers, grande fabricante de equipamentos hidráulicos e elétricos. Após dois anos de estágio nos EUA, retornou ao país para trabalhar como representante da Allis Chalmers. Nessa condição, participou da concorrência de venda de equipamentos para a usina de Paulo Afonso, vencida pela Westinghouse.

Em julho de 1965, assumiu pela primeira vez a presidência da Cemig, respondendo interinamente pelo cargo até outubro. Por indicação do governador Israel Pinheiro, foi eleito presidente efetivo no final de março de 1966, em substituição a Celso Melo de Azevedo.

A primeira gestão de Bhering na Eletrobrás durou oito anos, correspondendo em grande parte ao ciclo de crescimento da economia nacional conhecido como “milagre brasileiro”. Entre 1977 e 1983, sob orientação do general José Costa Cavalcanti, participou da condução da obra da Itaipu Binacional, de sua política de suprimentos e dos entendimentos com o diretor geral paraguaio Enzo Debernardi. Foi delegado brasileiro nas negociações tripartites com a Argentina e o Paraguai para definição das características técnicas da hidrelétrica de Corpus e do regime hidráulico a jusante de Itaipu.

Em março de 1983, convidado pelo governador de Minas, Tancredo Neves, tornou-se presidente da Cemig pela segunda vez.

Em 1992, reassumiu a presidência da Memória da Eletricidade. Entre 1994 e 2006, atuou também como diretor e consultor da BFB Engenharia e Consultoria Ltda. Faleceu em Belo Horizonte no dia 1° de setembro de 2009.

Maurício Medeiros de Alvarenga

Posse: 1991
Falecimento: 2017
Cadeira: 140
Patrono: Leopoldo Américo Miguez de Mello

Maurício Medeiros de Alvarenga foi chefe-adjunto do Departamento de Manutenção da Refinaria Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, nos anos de 1963 e 1964. Juntamente com Orfila Lima dos Santos liderou na Petrobras o Grupo Executivo de Obras Prioritárias (GEOP) que tratou de projetar e construir um grande conjunto de instalações nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais que compreendeu uma refinaria em Paulínia, uma refinaria de óleos lubrificantes no Rio de Janeiro, a duplicação do oleoduto Rio-Belo horizonte, e a duplicação da refinaria de Cubatão.

Ao término dos projetos, em 1972, foi criado um novo Serviço de Engenharia – SEGEN – do qual Maurício foi o primeiro chefe. Pode-se considerar o SEGEN como um bom herdeiro do GEOP.

Um excelente trabalho sobre as perspectivas da indústria do petróleo no Brasil foi escrito em 1998/1999 por Maurício com a importante participação do acadêmico da ANE José Fantine.

Sua trajetória de vida representa um grande exemplo, tanto pelo legado material para a empresa que ele ajudou a construir com seu trabalho eficiente e de alto nível, como pela postura ética sempre presente nas ações de que participava como profissional, mas também pelo apreço ao lado humano de todos com quem se relacionava. Nele jamais predominava o individualismo, mas sim o espírito de coletividade.

 

Fonte: ANE. Texto sobre original de Fernando A. R. Sandroni      

 

Máximo Borgo Filho

Posse: 2014
Falecimento: 2020
Cadeira: 144
Patrono: Luiz Carlos Pereira Tourinho

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Milton Vargas

Posse: 1991
Falecimento: 2011

Engenheiro, professor, filósofo e escritor, Milton Vargas dedicou 47 anos de sua vida ao IPT, que foi um dos alicerces de sua trajetória múltipla. Ingressando no Instituto como assistente-aluno em 1938, deixou definitivamente o IPT em 1988, quando saiu do Conselho de Orientação, aos 74 anos.

Como engenheiro e professor, Milton desenvolveu um trabalho pioneiro em mecânica de solos, sendo o primeiro no Brasil a tratar de argilas residuais. Foi também grande divulgador dos solos tropicais brasileiros no exterior, produzindo conhecimento inédito sobre o assunto.

Milton Vargas foi um dos pioneiros da Mecânica de Solos no País, deixando grandes contribuições ao desenvolvimento nacional (1914 – 2011)

Milton foi também filósofo, escritor e historiador, conjugando como poucos tecnologia e humanismo. Como docente da Escola Politécnica da USP, introduziu o ensino de Humanidades para os futuros engenheiros. Publicou obras de referência sobre filosofia e história da ciência e da tecnologia, e suas atividades como escritor e crítico literário renderam-lhe uma cadeira na Academia Paulista de Letras.

Suas contribuições mais significativas para o desenvolvimento nacional incluem estudos de solos e fundações para importantes obras de engenharia, como: as pontes sobre os rios Tamanduateíe Tietê; o Edifício Altino Arantes, conhecido como o Prédio do Banespa; as Avenidas São João e Ipiranga, na capital paulista; a rodovia Anchieta; os aeroportos de Curitiba, Congonhas, Cumbica e Base Aérea do Distrito Federal; a Companhia Siderúrgica Nacional – CSN. Além disso, destacam-se os estudos para a a construção de grandes hidrelétricas do país, como Jupiá, Ilha Solteira, Paulo Afonso, Porto Primavera, Ilha Grande e Tucuruí. Milton Vargas faleceu em 2011, aos 97 anos.

 

Fonte: http://www.iea.usp.br/pessoas/pasta-pessoam/milton-vargas