Maria do Carmo, Djenane Pamplona, Virgínia Ciminelli e Marly Monteiro são algumas das integrantes do “Nós da ANE”

O grupo de trabalho “Nós da ANE”, formado exclusivamente por Acadêmicas, está mapeando o perfil dos Membros Titulares e Correspondentes da Academia. Um dos objetivos é contribuir para a construção de uma Academia cada vez mais nacional.  Capitaneado pela Acadêmica Djenane Pamplona, o grupo está cruzando dados e informações para que a ANE possa ter um perfil completo de seus membros, com informações como estado de atuação, área de formação, de pesquisa etc.

“A análise desses dados vai nos mostrar o perfil da Academia e poderá servir como mais uma ferramenta para a Comissão de Seleção. Isso possibilitará, por exemplo, que na hora da escolha a comissão possa considerar membros de estados onde ainda não temos representantes”, avaliou Djenane Pamplona, destacando, no entanto, que o primeiro critério para o ingresso na ANE é a competência profissional.

“Esse sempre será o principal requisito, mas cumprido esse e outras exigências técnicas, a Comissão de Seleção irá dispor de informações que podem contribuir para tornar a Academia mais presente em todo o País e mais diversificada no que tange às áreas das engenharias, por exemplo.”

As análises ainda estão em fase inicial, mas já é possível traçar alguns dados preliminares.  De acordo com o levantamento, a ANE tem representantes em treze estados, com uma forte concentração no Rio de Janeiro e em São Paulo. Dos 196 Membros Titulares,  110 estão no Rio e  44 em São Paulo.

No que tange às áreas da Engenharia, a maior parte dos Acadêmicos é do setor Elétrico (65), seguido das áreas Civil (55),  Mecânica (35) e Química (11). Os dados ainda não são conclusivos, pois é preciso atualizar as informações de alguns acadêmicos, mas já revelam sobre a diversidade da ANE. “Há casos em que não há praticamente informação nenhuma. Precisamos atualizar esses dados para ter uma informação verdadeira”, explicou Djenane Pamplona.

A representatividade feminina também é pauta do “Nós da ANE” que pretende debater o papel das mulheres na engenharia e nas Ciências.  Atualmente a Academia conta com 196 Membros Titulares, sendo 13 mulheres.

De acordo com Djenane, na área das Engenharias da Academia Brasileira de Ciências,  existe um total de 52 acadêmicos, sendo 4 mulheres, e na Academia Brasileira de Medicina, apesar do número de médicas ser igual ao de médicos, existe um total de 93 acadêmicos sendo 6 mulheres. “Acho que temos duas possibilidades: ou as mulheres não são competentes, ou não têm sua competência reconhecida, mas ainda é cedo para qualquer conclusão”, disse a Acadêmica.

A iniciativa do grupo recebeu apoio do presidente Mário Menel que espera contar com uma participação cada vez maior das mulheres na Academia.  “A ANE só tem a ganhar com a participação feminina”, disse.

Nós da ANE

O grupo surgiu a partir do encontro de Acadêmicas na Solenidade de Posse da nova diretoria e dos novos Membros Titulares em abril deste ano. Desde então, o “Nós da ANE” tem se reunido de forma informal para debater esses e outros temas. Participam do grupo as Acadêmicas Carmen Fridman Sirotsky; Cecília Amélia de Carvalho Zavaglia; Liedi Légi Bariani Bernucci; Katia Lucchesi Cavalca Dedini;  Marcia Barbosa Henriques Mantelli; Maria do Carmo Martins Sobral; Maria Elvira Piñeiro Maceira; Maria Helena Andrade Santana; Marly Monteiro de Carvalho ; Sandra Maria Ferraz Stehling; e Virgínia Sampaio Teixeira Ciminelli