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Seminário debate o papel da Engenharia para o futuro do País

A Academia Nacional de Engenharia (ANE) promoveu nos dias 21 e 22 de outubro o Seminário “A Engenharia Transformando o Brasil”, com foco nos temas estratégicos e prioritários definidos nos programas e políticas nacionais anunciadas recentemente pelo governo federal. A mesa de abertura foi composta pelo presidente do Clube de Engenharia, Francis Bogossian; pela diretora científica da FAPERJ e presidente da Academia Nacional de Medicina (ANM), Eliete Bouskela; pelo presidente da ANE, Mário Menel; pelo Acadêmico e coordenador do evento, José Roberto Boisson de Marca; pelo secretário-executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luis Fernandes; pelo presidente da Academia Panamericana de Ingeniaría, com sede em San Juan, Puerto Rico, José Domingo Pérez Muñiz; pelo ex-comandante da Marinha Julio Soares de Moura Neto e pelo deputado federal Julio Lopes.

Coordenador do seminário, o engenheiro José Roberto Boisson de Marca, membro titular da ANE, destacou que os temas escolhidos estavam alinhados com as prioridades e desafios nacionais, convergentes com os planos lançados recentemente pelo governo federal, como Neoindustrialização, Inteligência Artificial, Transição Energética, Programa Nacional do Meio Ambiente e Saneamento, entre outros. Boisson também ressaltou o papel da Engenharia para o crescimento do País e melhoria da qualidade de vida de seus cidadãos. Na abertura, o presidente da Academia Nacional de Engenharia (ANE), Mário Menel, destacou a importância da ANE se posicionar perante a sociedade, ressaltando que os temas debatidos no seminário representam desafios a serem enfrentados pelo País e as discussões servirão de base para que a Academia possa se manifestar.

O deputado federal Julio Lopes pontuou a renovação da engenharia como um grande desafio para todos. “Precisamos reindustrializar o país, o grande desafio é redescobrir a engenharia, em uma nova dimensão, como a grande força motora desse desenvolvimento”, disse. Representando a FAPERJ, a diretora científica da Fundação e presidente da Academia Nacional de Medicina (ANM), Eliete Bouskela, também destacou a importância das entidades se posicionarem: “As academias não podem ser torres de marfim, pelo contrário, devem fazer com que a população brasileira reconheça sua existência e importância”.

Já o secretário-executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luis Fernandes, lembrou que a engenharia nacional teve papel crucial no primeiro ciclo de industrialização do País, na metade do século passado, garantindo o esforço rumo à industrialização. “Hoje, estamos tentando superar a crise enfrentada pela engenharia, construindo um novo projeto de industrialização, amparado em novas bases mais avançadas e incorporando plenamente o esforço da inovação”, disse Fernandes.

O seminário “A Engenharia Transformando o Brasil” contou com o auxílio financeiro da FAPERJ, por meio do Edital de Apoio às Academias Nacionais Sediadas no Estado do RJ. Os painéis podem ser revistos no canal da Academia Nacional de Engenharia no Youtube.


Acordos de Cooperação

Durante o seminário “A Engenharia Transformando o Brasil”, o presidente Mário Menel assinou acordos de cooperação da ANE com a Academia Panamericana de Ingeniaría (API) e com o Cigre-Brasil. O presidente da API, José Domingo Pérez, e o Diretor Técnico do Cigre-Brasil, Antonio Carlos Barbosa, participaram da cerimônia. O objetivo é que as entidades desenvolvam ações conjuntas que contribuam para a valorização da engenharia e desenvolvimento do País.

“A gênese deste acordo emana de uma iniciativa que tomamos com o propósito de, juntos, disponibilizarmos o melhor de nossos profissionais para que as nações do G-20, ao se reunirem no Brasil, dessem prioridade a educação e desenvolvimento de engenharia; a mitigação de danos causados ​​por desastres naturais; e ações afirmativas para aliviar o impacto das mudanças climáticas. Juntos colaboraremos para a ordem e o progresso do Brasil, das Américas e do mundo inteiro”, disse José Domingo.

O presidente da API fez questão de agradecer de forma calorosa ao Acadêmico Paulo Alcantara Gomes pelo apoio recebido para a assinatura do acordo. “Quem não foi seu discípulo na universidade, mas teve a sorte de conhecer sua concepção de engenharia e como os engenheiros contribuem para o desenvolvimento da sociedade, das pessoas e do mundo, conhece a qualidade do grande profissional e do melhor ser humano que é. A colaboração de Paulo para alcançar o Acordo de Colaboração hoje assinado foi mais do que instrumental”, concluiu José Domingo.

“É uma honra e grande satisfação para o Cigre ter a Academia Nacional de Engenharia como associada coletiva do Cigre-Brasil e já estamos prontos para acertar colaborações de cunho de pesquisa, que é o que o Cigre saber fazer”, destacou o Diretor Técnico do Cigre-Brasil, Antonio Carlos Barbosa.


Homenagens

O seminário também foi marcado por emoção com homenagens a dois Acadêmicos:

  • Luiz Bevilacqua: Ministrou a palestra “Saber para fazer ou fazer para saber?” e foi homenageado por Edson Watanabe.
  • Walter Arno Mannheimer (in memoriam): Homenageado por seu filho, Paulo Mannheimer, que destacou o impacto de seu pai na engenharia nacional.

Em um depoimento emocionado, Paulo Mannheimer lembrou que se inscreveu no seminário a pedido do pai, com quem pretendia comparecer. “Quando fiz a inscrição imaginava que estaria aqui com ele e não que estaria aqui nessa situação para receber uma homenagem para ele. Ver como ele tocou tantas pessoas e foi importante para tanta gente me emociona”, disse Paulo Mannheimer, que recebeu a placa de homenagem das mãos do presidente da ANE, Mário Menel. Antes de ser homenageado, o Acadêmico Luiz Bevilacqua ministrou sua palestra “Saber para fazer ou fazer para saber?”, e registrou que também seria uma homenagem ao Acadêmico Walter Mannheimer. Ao final da palestra, Bevilacqua recebeu das mãos do Acadêmico Edson Watanabe placa que o homenageou.