O Acadêmico Edgar Dutra Zanotto, professor sênior do Departamento de Engenharia de Materiais (DEMa) da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) foi agraciado com a Frontiers of Glass Science Lecture, um dos prêmios mundiais mais importantes sobre ciência e engenharia dos materiais vítreos, concedido pela American Ceramic Society (ACerS).

Essa distinção é concedida anualmente a um cientista que tenha feito contribuições excepcionais para o avanço da ciência dos vidros. A lista de palestrantes anteriores desde 2013 inclui nomes de destaque dos Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha e Japão. Portanto, é a primeira vez que um pesquisador latino-americano recebe essa honraria.

A Frontiers of Glass Science Lecture se junta a as outras três palestras de prestígio sobre vidros que o Professor já ministrou:

– Willian E.S. Turner Memorial Lecture 2014 (Society of Glass Technology, UK),

– Alfred Cooper Distinguished Speaker 2016 Lecture (ACerS, USA) e

– Samuel Scholes Memorial Lecture 2019 (Alfred University, USA).

Com este prêmio, o Professor Zanotto é o primeiro pesquisador a completar o “grand slam” das palestras em sua área de expertise, um feito que consolida a posição do DEMa-UFSCar como um dos principais centros do planeta sobre materiais vítreos.

A palestra, intitulada “Desvendando a Nucleação de Cristais em Líquidos Super-resfriados e Vidros”, será ministrada em maio no congresso da AcerS em Las Vegas, Estados Unidos. Nela, o professor compartilhará suas pesquisas sobre a relaxação e a cristalização de vidros, temas fundamentais para o entendimento e desenvolvimento de novos materiais vítreos e vitro-cerâmicos policristalinos.

O Professor Zanotto se mostrou surpreso e honrado com a premiação. Ele está motivado a apresentar uma palestra que inspire a próxima geração de cientistas de materiais. “É sempre prazeroso e motivador ver a ciência nacional brilhar no exterior”, ele comenta e aproveita a oportunidade para agradecer aos seus inúmeros estudantes e colaboradores, e o apoio contínuo do DEMa – UFSCar e da Fapesp, Capes e CNPq durante quase 5 décadas.