O Acadêmico Bruno Contarini  faleceu na noite de ontem, dia 8 de junho. Membro da Academia Nacional de Engenharia desde 2013, Bruno Contarini foi calculista de algumas das estruturas mais arrojadas de Oscar Niemeyer, e reconhecido por uma carreira marcada pelo desenvolvimento de soluções criativas e inovadoras.  O sepultamento será no Jardim da Saudade Sulacap. Não haverá velório devido à pandemia.

Foi um dos responsáveis por colocar a engenharia brasileira entre as melhores do mundo. Fora do país participou de projetos como a Universidade de Constantine, o Centro Cívico de Argel, na Argélia, e a Editora Mondadori de Milão, na Itália. No Brasil, atuou na construção da Ponte Rio-Niterói, do Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC), da Estação das Barcas Charitas, da Linha Amarela e da ampliação do Ministério das Relações Exteriores, entre outros projetos.

Graduado em Engenharia Civil pela Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil (atual UFRJ), com especialização em Arquitetura e cursos de extensão em pontes e grandes estruturas e portos de mar, rio e canais, Bruno Contarini é um nome de destaque na área de engenharia estrutural. Recebeu diversos títulos e homenagens e no final de 2014, foi agraciado com o 3° Prêmio Augusto Carlos de Vasconcelos, iniciativa da Abece e da T&A.

Sua carreira começou como engenheiro calculista da Stup (Sociedade Técnica de Utilização de Protensão). No final da década de 1950 foi para Brasília e conheceu o arquiteto Oscar Niemeyer, com quem trabalhou em diversos projetos. “Foram cerca de 40 obras. Niemeyer era um gênio do desenho. Criava formas lindas e de difícil execução, mas sempre dava um jeito”, diz o engenheiro, conhecido por encontrar soluções simples para os problemas que surgem. “Acredito que é importante ser objetivo.”

Na lista de projetos feitos em parceria com o arquiteto estão o Teatro e a Plataforma Rodoviária de Brasília, o Edifício da Universidade de Brasília (UnB), o Tribunal Superior de Justiça (STJ), o Supremo Tribunal Eleitoral (STE) e o Tribunal Regional Federal (TRF), além do MAC, entre outros. Passou 18 anos trabalhando no exterior onde participou de projetos na França, Itália e Argélia. Durante uma década atuou como professor na PUC-Rio, atividade da qual se afastou por não ter feito mestrado. Contarini será sempre lembrado por seu legado na engenharia.

Academia Nacional de Engenharia (ANE) apresenta condolências à família  do engenheiro que contribuiu muito para o desenvolvimento do país.