Publicado em 22/07/2020

A vice-presidente do Conselho de Administração, Talita Porto, apresentou um resumo do relatório elaborado pelo GT de Formação de Preço para Modernização de Energia Elétrica

Como será o preço da energia no futuro? Como está a preparação para a adoção do preço horário em 2021? E os estudos de preço por oferta? Estas foram algumas das questões apresentadas e discutidas pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE em reunião virtual com o Comitê de Energia da Academia Nacional de Engenharia – ANE Brasil. A vice-presidente do Conselho de Administração, Talita Porto, apresentou um resumo do relatório elaborado pelo GT de Formação de Preço para Modernização de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, que orienta as ações do Comitê de Implementação de Modernização conduzido pelo mesmo órgão.

As discussões foram divididas em três importantes temas: aprimoramentos no cálculo do preço por modelo, preço horário e preço por oferta. “A discussão com profissionais renomados e importantes para o setor de energia foi enriquecedora, pois tivemos a oportunidade de discutir experiências internacionais e analisar a realidade brasileira”, comenta a conselheira da CCEE.

Sobre os aprimoramentos do preço por modelo, a apresentação destacou a instauração do Comitê Técnico do PMO e PLD para tratar da governança; a implementação de parâmetros que ampliaram a aversão ao risco em 2020, que reduzem a geração térmica fora da ordem de mérito; as discussões sobre volatilidade no âmbito da CPAMP, que devem ser concluídas em 2021; e a adoção oficial do PLD horário a partir de janeiro do próximo ano.

Ao avaliar a operação sombra, que calcula o preço em base horária para análise dos agentes de mercado, Talita ressaltou algumas tendências identificada ao longo do período, como o valor do preço acompanhando a curva da carga e a redução de encargos. Segundo dados apurados pela CCEE, de janeiro a abril teriam sido cobrados R$ 182 milhões em encargos na operação sombra. Em 2019, neste mesmo período, foram cobrados cerca de R$ 1,02 bilhão.
No encontro foram debatidas algumas características relevantes para a implementação de preço por oferta. De acordo com o relatório de modernização, pode-se concluir que dois pontos de atenção são cruciais para avançar no desenvolvimento da metodologia: estruturar uma regulamentação forte e mecanismos para monitoramento e controle do exercício de poder de mercado; e estabelecer mecanismo de oferta de preço que conviva harmoniosamente com o despacho físico das usinas hidrelétricas.

“Os estudos para modernização da formação de preço estabeleceram duas vertentes. Primeiro, temos que continuar aprimoramentos metodológicos da cadeia de modelos com foco no preço horário. Ao mesmo tempo, temos um escopo de estudo do preço por oferta e dois projetos para desenvolvimento em análise, um P&D e um projeto com o Banco Mundial”, conclui Talita.

Fonte: site Canal Energia