Sergio Xavier Ferolla

Posse: 1996
Cadeira: 34
Patrono: Cândido Mariano da Silva Rondon (Marechal)

Formado em Engenharia Eletrônica pelo Instituto Tecnológico da Aeronáutica, o Tenente Brigadeiro do Ar, Sergio Xavier Ferolla exerceu cargos de destaque no cenário nacional. Foi Diretor do Centro Técnico Aeroespacial (CTA), Presidente do Superior Tribunal Militar e Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, dentre outras funções.

Ao traçar um panorama do Programa Espacial Brasileiro, o Brigadeiro diz que a falta uma política concreta deixa o país em uma situação de atraso. “São muitos os problemas enfrentados. A continuada redução dos recursos orçamentários, complementada pela dificuldade de renovação dos quadros técnicos, motivaram resultados devastadores no setor e, em especial, no segmento dos propulsores, tradicionalmente sob-responsabilidade maior do Comando da Aeronáutica, através do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). Em consequência, as equipes foram sendo esvaziadas e os resultados concretos postergados para o longo prazo, além de consideravelmente desatualizados”, diz, ressaltando que o retardamento, limita nossa capacidade científica, tecnológica e industrial, com sérios reflexos na inovação e nas exportações de produtos nacionais capazes de agregar avançadas tecnologias.

O Brigadeiro começou a carreira como piloto dos primeiros aviões a jato de emprego militar no Brasil, na década de 1960. “Como sempre estive devotado aos aspectos técnicos nos esquadrões operacionais que integrei, julguei poder ser mais útil à Força Aérea ampliando meus conhecimentos no campo da engenharia para, também, servir de interface entre os anseios da crescente especialização dos pilotos de combate e a exponencial evolução tecnológica das aeronaves. Com tal objetivo e por ocupar boa classificação na formação profissional, fui autorizado a matricular-me no ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica), em São José dos Campos, São Paulo, onde me graduei em engenharia eletrônica no ano de 1967.”

Na década de 1970, foi Diretor do Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento (IPD) do, então, Centro Técnico Aeroespacial (CTA), época em que foram realizados os trabalhos laboratoriais e experimentais para a conversão dos motores automotivos para o uso do álcool, fase pioneira para a implantação do Proálcool pelo governo Geisel. Foi para a Itália, em 1981, como chefe da equipe técnica incumbida de gerenciar a participação brasileira no Programa Conjunto AMX. Em 1985, assumiu a Vice-Direção do CTA e, posteriormente, a Direção Geral do Centro, tendo no mesmo período presidido, cumulativamente, o Conselho de Administração da Embraer. Em 1992, comandou o Segundo Comando Aéreo Regional em Recife e, após dois anos no Nordeste, ao galgar o último posto da carreira, foi nomeado Comandante e Diretor de Estudos da Escola Superior de Guerra (ESG). Em 1994 assumiu a Direção do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial e, em 1995 a Chefia do Estado Maior da Aeronáutica. No final de 1995, assumiu o cargo de Ministro do Superior Tribunal Militar (STM).