Roberto Rodrigues

Posse: 2013
Cadeira: 186
Patrono: Plínio Alves Monteiro Tourinho

Coordenador do Centro de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas, o Acadêmico Roberto Rodrigues é um dos maiores nomes do agronegócio brasileiro. Engenheiro agrônomo pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), o Acad. Roberto Rodrigues construiu sua carreira nas áreas acadêmica, empresarial e política.

Nascido em Cordeirópolis, São Paulo, o Acadêmico vem de uma família de agrônomos de onde herdou a paixão pela terra e pela natureza. É filho de Antônio José Rodrigues Filho, ex-secretário de Agricultura do Estado de São Paulo no governo de Adhemar de Barros.

Por mais de quatro décadas, Roberto Rodrigues foi professor Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp).  Na presidência da Cooperativa dos Plantadores de Cana da Zona de Guariba (Coplana) desenvolveu estudos mostrando a importância da produção de álcool, proveniente da cana-de-açúcar, para ser utilizado como combustível, trabalho que contribuiu para a criação do Proálcool. É também responsável pelo desenvolvimento do sistema Coplana, rotação da cultura da cana com soja ou amendoim – modelo que racionaliza a atividade rural em termos de melhor uso dos recursos humanos, financeiros e materiais (equipamentos, máquinas e veículos).

Foi secretário de Agricultura e do Abastecimento do Estado de São Paulo. Coordenou o Fórum Nacional de Secretários Estaduais de Agricultura, onde organizou o setor privado no Fórum Nacional da Agricultura, e criou a Agrishow, juntamente com a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), a Sociedade Rural Brasileira (SRB), a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) e a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda).

Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento entre janeiro de 2003 e junho de 2006 promoveu a reestruturação da Instituição. Trabalhou pelas leis de biotecnologia, dos produtos orgânicos, seguro rural, novos documentos de comercialização, regulamentou a defesa sanitária, ampliou o comércio agrícola brasileiro e implementou as bases de uma agricultura moderna. “O Brasil está na ponta da agricultura tropical, mas sem recursos para o desenvolvimento da pesquisa o país perde competitividade” afirma o Acadêmico, defensor do investimento em pesquisa e tecnologia.

Doutor honoris causa pela Universidade Estadual de São Paulo, recebeu diversos prêmios e condecorações como a Medalha Paulista do Mérito Científico e Tecnológico e a Comenda da Ordem Nacional do Mérito Científico. Foi condecorado pelo Instituto Agronômico de Campinas e pelo Instituto Biológico de São Paulo. Foi eleito pela AEASP como Engenheiro Agrônomo do ano em 1987 e Engenheiro Agrônomo da década, em 2004. Recebeu o Diploma de Mérito Agronômico da Confederação das Federações dos Engenheiros Agrônomos – CONFAEAB, em 2001 e a Medalha “Luiz de Queiroz”, da ESALQ, em 2004.