Paulo Augusto Vivacqua

Posse: 1991
Cadeira: 181
Patrono: Paulo Mendes da Rocha

Leitor voraz e um comprador compulsivo de livros. Assim pode ser definido o engenheiro civil Acad. Paulo Augusto Vivacqua que tem uma formação diversificada.  Graduado pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), com especialização em pontes e estruturas, fez pós-graduação em Economia, curso de extensão em Administração de Empresas, pelo Coppead, e graduação e mestrado em Ciências (Astronomia) pela Swinburne University of Tecnology.

A diversidade de formação vem da curiosidade e vontade de aprender que o movem. “Compro livros compulsivamente. Leio de forma desorganizada sobre muitos assuntos. Sempre fui muito curioso e gostei de ler e estudar”, relata o engenheiro que é também um defensor do Brasil. Com uma forte vertente nacionalista, influência das obras de Monteiro Lobato, Acad. Paulo Vivacqua defende o uso da Engenharia associado à responsabilidade social. “O engenheiro deve ser um profissional que colabore para resolver os problemas do país”.

Presidente da Academia Nacional de Engenharia (ANE) de 2013 a 2017, Paulo Vivacqua, que atualmente é consultor e pesquisador, é Professor Emérito da UFES, onde chegou a chefe do Departamento de Hidráulica, e presidente da Vale and US Steel Engineering and Consultants (Valuec), da Valenorte Alumínio Ltda e da Valec Engenharia e Ferrovias S.A (empresa que fundou).

Atuou ainda como superintendente de planejamento estratégico e engenheiro e chefe de projetos portuários do Grupo Vale, secretário executivo do Conselho Interestadual do Corredor Centro-leste, secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico do Espírito Santo e presidente do Conselho de Administração do Banco de Desenvolvimento do Estado do Espírito Santo, entre outros.

Com experiência em projetos, concepção de portos e planejamento de sistemas de transportes, Acad.Paulo Vivacqua diz que cabe ao Brasil integrar o continente sul-americano.  “O país ocupa quase metade da América do Sul; é uma grande economia com uma grande população e isso atribui ao país a possibilidade e a responsabilidade de integrar todo continente. Unir a banda do pacífico como Colômbia, Equador, Peru, Chile; integrar com o Brasil que está no Atlântico e a Argentina e o Uruguai. Construir ferrovias ligando os dois oceanos pelo continente. Ativar a navegação costeira que é mínima, na costa atlântica e no pacífico, dinamizar a navegação nos rios da bacia amazônica. Constituir eixos de transporte de custos baixo que aproximarão as economias da America do sul. Isso permitirá que todas as economias passem a crescer mais aceleradamente”, analisa o engenheiro.

Outro tema que atrai o engenheiro é Astronomia, uma paixão da época de criança que vem ganhando espaço. “Sempre li sobre o assunto e recentemente resolvi ter uma formação formal. Fiz a graduação e mestrado, e pretendo dar aula. O que me encanta na Astronomia e perceber como criações do espírito humano são utilizadas para explicar todo o universo”.  E dentre todas as suas atividades, o ensino, a exposição com a máxima clareza e eficiência possíveis, a motivação dos alunos, sempre ocupou lugar especial.