Fernando Emmanuel Barata (Membro Fundador)

Posse: 1991
Cadeira: 74
Patrono:  Francisco de Paula Bicalho

Considerado por muitos como um símbolo da Engenharia Nacional, Fernando Emmanuel Barata sempre foi atrás de seus objetivos. Ainda jovem, no curso ginasial, percebeu a importância dos estudos e se convenceu de que era fundamental ter sua própria Biblioteca. “Queria os livros por perto. Por isso, investi parte do meu salário em livros e não me arrependo. É o melhor investimento que podemos fazer; o retorno é certo já que o que aprendemos é fundamental para o crescimento profissional e pessoal”, afirma o Engenheiro, que é dono de uma das maiores bibliotecas de Mecânica dos Solos do país e faz questão de lembrar que “na vida, é preciso traçar metas e objetivos prioritários e aplicar toda energia e inteligência para alcançá-los”.

Formado Engenheiro Civil pela antiga Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil, atual Escola Politécnica da UFRJ, Fernando Barata escolheu a profissão pela sua identificação com matérias como Matemática, Física e Química. Começou a carreira, em 1951, na área de Mecânica dos Solos. No ano seguinte, fez um curso de extensão em “Solos e Fundações”. Em 1954, foi para a Inglaterra onde fez especialização no Road Research Laboratory, em Londres. Trabalhou como engenheiro para diversas empresas e autarquias como a Petrobras, o Departamento de Estradas e Rodagem (DER) e a Secretaria de Obras do Estado do Rio de Janeiro.

Atuou como Professor da UFRJ, onde recebeu o título de Professor Emérito. “Formei mais de quatro mil profissionais e isso é algo de que muito me orgulho. Professor é como um segundo Pai. Tem como função transmitir conhecimento e experiência, mas também dar orientação cívica e moral. Fui aprendendo, paulatinamente, que meu dever era ensinar e educar”, diz Fernando Barata, que ao longo de sua carreira recebeu diversas honrarias e homenagens, entre elas a publicação de uma biografia, com 470 páginas, para celebrar seus 80 anos de vida e o título de Engenheiro Eminente conferido pela Associação dos Antigos Alunos da Politécnica.

Além da Engenharia e de sua Biblioteca particular, o Engenheiro tem outra paixão: viajar. Em seus planos de adolescência estava o de conhecer o mundo. Desejo que realizou na companhia de sua esposa, Maria Celia, em 1970. Uma viagem de 40 dias, de volta ao mundo, onde conheceu Peru, Estados Unidos (Nova York, San Francisco, Califórnia e Alasca), Japão, China (Hong Kong), Singapura, Índia, Irã, Jerusalém, Grécia e França. “Fui participar de um Congresso no Japão e aproveitei a oportunidade para realizar esse sonho. Conhecer outros lugares, outras culturas. Isso é extremamente válido para o crescimento pessoal de qualquer um”, conta o Engenheiro, que visitou quase todos os estados do Brasil.

“Por conta do trabalho, conheci quase todo o território nacional. Meu trabalho me levou a muitos lugares e me trouxe muitas alegrias”, afirma Fernando Barata, que ainda exerce sua função de educador e deixa um conselho para os jovens engenheiros: “eles têm um compromisso grande com o Brasil, que é o de trabalhar e estudar com intensidade e entusiasmo, de modo a proporcionar a seu povo a paz, o conforto e a qualidade de vida de que são merecedores”.