Posse: 2000
Cadeira: 178
Patrono:  Otto Vicente Perrone

Engenheiro eletricista, formado pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), o Acadêmico Fernando Sandroni tem curso de pós-graduação em Engenharia do Petróleo ministrado pela Petrobras, empresa onde iniciou sua carreira em 1962. Estudou em 1966/1967 na França, onde recebeu o título de mestre em Ciências-Cibernética Industrial – pela Escola Nacional Superior de Aeronáutica, ENSA, Paris. De volta ao Brasil, desempenhou a função de professor de Controle de Processos Contínuos nos cursos de pós-graduação para engenheiros da Petrobras e de gerente de projetos da Divisão de Engenharia do Departamento Industrial. Na Petroquisa fez parte da equipe que planejou o Polo Petroquímico do Nordeste, o Polo de Camaçari, sendo eleito em 1974 diretor de Engenharia da Copene-Petroquímica do Nordeste (atual Braskem), empresa criada para a construção daquele Polo.

Após a entrada em operação da Copene, foi indicado pela Petrobras/Petroquisa e eleito diretor de investimentos da Nordeste Química S. A.- Norquisa, empresa de participações constituída em 1980 por grupos empresariais nacionais associados a empresas internacionais e à Petrobras/Petroquisa visando o desenvolvimento da indústria química no Brasil. Foram então formadas inúmeras novas empresas, em vários estados brasileiros, que impulsionaram no país a produção de especialidades químicas, a chamada química fina. Em 1990/1992 a Norquisa liderou também um investimento petroquímico de grande porte que foi a duplicação da Copene no Polo de Camaçari. Deste conjunto de empresas três ganharam o Prêmio Finep de Inovação no ano de 2005: Braskem S.A. (ex-Copene), Carboderivados S.A. no estado do Espírito Santo e  Nortec S. A. no estado do Rio de Janeiro.

Premiado em 2001 pelo Ministério do Desenvolvimento de Indústria e Comércio Exterior (MDIC), por ocasião dos 50 anos do Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq) com a medalha “Gestão do Conhecimento”, o Acad.Fernando Sandroni participou de várias entidades governamentais, entre outras, o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT), o Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq), o Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e o Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).  Preside o Conselho de Tecnologia da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) e é membro do Conselho de Desenvolvimento da PUC-Rio (CONDES) e do Conselho Consultivo da Associação Brasileira das Indústrias de Química Fina (ABIFINA).

A escolha pela Engenharia foi motivada pelo gosto pela Matemática, mas essa não foi a única carreira abraçada pelo Acadêmico Fernando Sandroni que é também músico. Estudou piano, teoria musical e harmonia no Conservatório Brasileiro de Música. Teve composições gravadas em caráter particular pelo Quinteto Villa Lobos. É pesquisador da música popular brasileira e fundou o grupo musical Lira Carioca do qual foi diretor musical e pianista. “Sempre gostei de Matemática e de Música. Aos 18 anos, tive que optar. Escolhi a Engenharia e creio ter acertado pois como engenheiro pude à música também, de alguma forma, me dedicar”, conta o Acad. Sandroni, que recentemente incluiu na lista de interesses a Filosofia e o grego antigo, que estuda para ler os textos originais e, portanto, poder apreciar com uma interpretação própria as obras dos grandes filósofos da antiguidade como Platão e Aristóteles.