Fundação da Academia Nacional de Engenharia

A história da Academia Nacional de Engenharia (ANE) tem início no final da década de 80 quando durante reunião do Conselho Diretor do Clube de Engenharia, em setembro de 1988, o Prof. Antônio José da Costa Nunes sugeriu a criação de uma entidade civil de nível nacional com o objetivo de preencher uma lacuna no âmbito mais abrangente da Engenharia Nacional. Foi, então, constituída uma Comissão para consubstanciar a ideia, comungada, aliás, pelas maiores expressões da Engenharia Brasileira.

O desafio de constituir uma Academia, apesar do falecimento em abril de 1989 do idealizador Prof. Costa Nunes, encontrou solo fértil na mente de, pelo menos, cinco Engenheiros que, durante mais de três anos, dedicaram grande parte do seu tempo para conhecer o trabalho das Academias existentes em diferentes países.

Os documentos analisados possibilitaram o estudo comparado de como surgiram aquelas Academias, seus atos constitutivos, formas de funcionamento, de crescimento e de desdobramento ao longo de suas trajetórias. Este material foi de extrema importância para que esses pioneiros pudessem estabelecer os parâmetros norteadores do projeto de criação e início de existência da Academia Nacional de Engenharia.

Finalmente, em 25 de abril de 1991, foi realizada assembleia de fundação da ANE e eleição de sua primeira diretoria.

Muito embora seja uma instituição relativamente recente, a Academia já promoveu substancial conjunto de conferências, seminários, tendo emitido relevantes posicionamentos técnicos em apoio a gestão das mais destacadas ações necessárias ao desenvolvimento nacional . A Academia tem participado de atividades da mais elevada importância para a Engenharia, para as quais é convidada por autoridades federais e regionais constituídas. Por ser Instituição de caráter Nacional tem realizado importantes eventos em diversos estados da federação.

Ao longo de sua trajetória, a Academia celebrou Convênios com: a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), com a FGV (Fundação Getúlio Vargas), com a FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), com o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), com o CCAM (Consórcio do Corredor Atlântico do Mercosul), com o Clube de Engenharia de Brasília com o Ministério de Minas e Energia e tem assento no Conselho de Desenvolvimento Tecnológico Empresarial da FIRJAN. A ANE é membro da Rede Rio de Tecnologia.

Na área Internacional mantém convênio com o Institution of Civil Engineer, permanente contato e correspondência com o CAETS (Council of Academies of Engineering and Technological Sciences), com a Academia Chinesa de Engenharia e com a Real Academia Sueca de Engenharia. Participou do Encontro de Academias Nacionais em Tucuman – Argentina, em 2019 e realizou junto com a Academia Nacional de Engenharia dos Estados Unidos (NAE) e da Academia Brasileira de Ciências (ABE) o I Workshop GCSP da América Latina, em Minas Gerais.

A ANE foi criada porque um grupo de engenheiros acreditou na necessidade de uma instituição nacional que detivesse prestígio próprio, cobrindo todas as disciplinas da Engenharia e se fizesse habilitada a promover o soerguimento da importância, da necessidade e do valor da Engenharia Brasileira, como fonte insubstituível na produção e distribuição dos produtos e dos benefícios da tecnologia, favorecendo à Sociedade como um todo. Na alma e no coração da Academia reside o somatório de capacidades pessoais e a integração do potencial de todos os seus Membros.

A plêiade de Engenheiros que integram o Quadro de Membros Titulares da ANE conduz à convicção de que esta entidade está fadada a projetar-se no País e no exterior, como epicentro de excelência, impondo-se como credenciada a constituir fonte de orientação e influência segura e imparcial para a tomada de decisões nos organismos onde a Engenharia esteja presente, garantindo o aprimoramento da Engenharia Nacional.

Ingresso de Membros

O ingresso de membros na Academia é realizado em obediência ao regimento próprio, no qual estão previstas todas as etapas que os candidatos à devem atender. O início do processo se dá pela apresentação de uma proposta assinada por um conjunto de membros titulares da Academia, devidamente instruída, submetida à Comissão de Seleção. Esta poderá atender ou não ao pleito e, com o parecer da Comissão de Ética, segue para aprovação final em Sessão Plenária da Academia, especialmente convocada para esta decisão.