Pelo segundo ano consecutivo, a Academia Nacional de Engenharia (ANE) apoiou a Feira Brasileira Jovens Cientistas (FBJC), voltada para estudantes do Ensino Médio. Nesta edição, além de premiar com placa de honra ao mérito os melhores trabalhos na área de Engenharia, a ANE esteve presente, através de uma apresentação feita pelo presidente Francis Bogossian e pelo diretor Laurindo Leal Filho, no painel Feira de Profissões.

Os projetos premiados pela ANE com a placa de reconhecimento foram: “Ecosururu: A Reutilização da Casca do Mytella charruana para a Produção de Telhas Sustentáveis”, da estudante Ana Júlia Monteiro de Carvalho, de Alagoas, que apresenta uma proposta de reaproveitamento da casca do sururu (Mytella charruana) com o cimento CP-II e areia para a produção de telhas ecológicas e “Smart Walk – Dispositivo de auxílio na locomoção de crianças com paralisia cerebral”, dos estudantes Davi Schneider, Vítor Daniel Duarte, do Rio Grande do Sul, que avalia o desenvolvimento de um dispositivo eficaz e de custo reduzido, para auxiliar na locomoção de crianças com paralisia cerebral, permitindo a elas mais independência.

Ao fazer a abertura no painel Feira das Profissões, o presidente Francis Bogossian parabenizou os jovens pela iniciativa e pelos trabalhos, fez uma breve apresentação da ANE e falou dos desafios para quem inicia a jornada na Engenharia, relembrando momentos de sua trajetória acadêmica e profissional e da importância da família na formação e educação dos jovens.

“Quando comecei o curso de Engenharia, cheguei a pensar em desistir, mas meu pai, felizmente, não deixou. Terminei o curso e segui a carreira. Fui professor e empresário”, relembrou o presidente destacando ainda que a ANE tem um Comitê de Ensino que tem analisado a necessidade de mudanças nos cursos de Engenharia para adequá-los ao novo momento da sociedade.

Já o diretor Laurindo Leal apresentou a palestra: “O Papel da Escola na formação dos Engenheiros do Futuro”, onde abordou ética, valores morais, experiência e destacou a importância do ambiente no estímulo da criatividade. “Não é possível a escola ensinar os alunos a serem criativos, mas pode cultivar, incentivar, promover a criatividade a partir do conhecimento”, afirmou.

A Feira Brasileira de Jovens Cientistas é a primeira feira científica pré-universitária nacional totalmente virtual. Este ano, foram mais de 800 envolvidos no evento que contou com a participação de 242 escolas distribuídos por 23 estados e pelo Distrito Federal.