Jorge Oscar de Mello Flores

Atual Ocupante: Maria do Carmo Martins Sobral
Posse: 2023

Jorge Oscar de Melo Flores nasceu no Rio de Janeiro em 1912.

Fez os cursos primário e secundário no Colégio Andrews e em 1927 foi aprovado em primeiro lugar para a Escola Politécnica, hoje Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Colou grau como engenheiro geógrafo em 1930 e em 1932 formou-se em engenharia civil. Naquela mesma universidade, em 1949, obteria o grau de doutor em ciências físicas e matemáticas. Em 1933 começou a trabalhar como engenheiro da Divisão de Águas do Departamento Nacional de Produção Mineral do Ministério da Agricultura. Aí permaneceria até 1945.

Em 1936 iniciou suas atividades didáticas, tornando-se professor-assistente da cadeira de hidráulica teórica e aplicada da Escola Nacional de Engenharia da Universidade do Brasil — atual Universidade Federal do Rio de Janeiro —, atividade que desempenharia até 1973. Em 1940 passou a exercer também as funções de avaliador das instituições da Previdência, função que ocuparia até 1948. De 1940 a 1943 trabalhou no Conselho Nacional de Águas e Energia Elétrica como assistente e diretor interino da Divisão Técnica. Em 1942 começou a trabalhar no setor de obras da Coordenação de Mobilização Econômica. Em 1944 integrou ao lado de Luís Simões Lopes a Comissão Organizadora da Fundação Getulio Vargas (FGV), ocupando vários postos de relevo. Em 1946 tornou-se membro do Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura (IBECC). Em 1949 assumiu a direção da Sul América Capitalização. Em 1958 começou uma longa carreira como representante de entidades de classe. No início da década de 1960, atuou politicamente representando interesses dos empresários junto a parlamentares e auxiliando na captação de recursos financeiros para subsidiar atividades político-ideológicas formadoras de uma opinião contrária às posições de esquerda. Melo Flores teve papel de destaque na organização e orientação do IPÊS, entidade que viria a participar ativamente do movimento político-militar que derrubou Goulart em 31 de março de 1964, abrindo caminho para a instalação do regime militar no país.

No governo do marechal Humberto de Alencar Castelo Branco (1964-1967), Jorge de Melo Flores participou dos estudos para a reforma administrativa e nos anos posteriores, sem abandonar várias de suas funções, integrou conselhos consultivos e ocupou cargos de direção em várias empresas.

Membro do conselho diretor da FGV, em 1976 foi eleito vice-presidente da entidade, em substituição ao economista Eugênio Gudin. Em 1992, Melo Flores foi eleito presidente da FGV, tendo como vice-presidente o economista e ex-ministro da Fazenda Mário Henrique Simonsen.

Faleceu no Rio de Janeiro no dia 31 de julho de 2000.

Fonte:

http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-biografico/flores-jorge-oscar-de-melo