Eduardo Siqueira Brick

Posse: 2012
Cadeira: 49
Patrono: Clara Perelberg Steinberg

Com a experiência de quem dedicou boa parte de sua vida ao desenvolvimento e testes de sistemas de defesa, o professor doutor Acad. Eduardo Siqueira Brick acredita que a criação de uma forte Base Logística de Defesa (BLD) é fundamental para a defesa nacional, o crescimento tecnológico e a competitividade industrial do país.

Capitão de Mar-e-Guerra da reserva, graduado em Ciências Navais pela Escola Naval e Engenharia Eletrônica pela PUC-Rio, mestre em Engenharia de Telecomunicações e doutor em Engenharia de Sistemas pela US Naval Postgraduate School, o Acad. Brick fundou nos anos 90 a Holosys Engenharia de Sistemas e elaborou projetos para empresas como a Petrobras, Furnas, Ministério da Marinha e Estado-Maior das Forças Armadas, entre outras.

Professor Titular aposentado da Universidade Federal Fluminense (UFF), onde atuou no Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção da Escola de Engenharia e no Programa de Pós-graduação em Estudos Estratégicos da Defesa e da Segurança do Instituto de Estudos Estratégicos, Acad. Brick diz que a defesa nacional depende de dois instrumentos: as Forças Armadas e a Base Logística de Defesa.

Alguns produtos de defesa sofrem restrições para aquisição no mercado internacional e, quando disponíveis, nunca correspondem ao que existe de mais atual e/ou eficaz para enfrentar as ameaças contemporâneas. “Por isso, para garantir sua soberania e seus interesses, os países precisam de um complexo tecnológico-científico-industrial capaz de suprir as suas forças armadas com os produtos de defesa necessários para enfrentar ameaças que possam vir a ser apresentadas”, afirma Acad. Brick.

Na opinião do especialista, que destaca como ponto positivo a elaboração da Estratégia Nacional de Defesa, em 2008, o Brasil precisa ainda avançar muito no setor. Política não é só discurso, intenção. “Tem que ter um complemento de recursos financeiros e pessoal qualificado que saiba transformar planos em realidade. O país ainda carece de falta de organização e gestão, mas o engajamento dos engenheiros nas questões da defesa pode mudar radicalmente essa situação”, conclui o Acad. Brick.